Ficamos
portanto a saber que a gestão de empresas e organizações englobam um conjunto
de dimensões que se interligam, referindo-se a seres humanos, mantendo uma
relação com a cultura, mas requerendo valores simples, claros e unificadores.
Devendo permitir o desenvolvimento da empresa e dos seus membros,
construindo-se com base na comunicação e responsabilização individual. Devendo
ser analisada por várias medidas e não apenas pelo resultado final, estando
esse resultado no exterior, no cliente satisfeito.
Para promover a Qualidade, várias organizações nacionais e
internacionais, desenvolveram sistemas para reconhecer e premiar empresas com
destaque e empreendedorismo na Qualidade. Em Portugal foi adotado desde 1995 o
modelo Europeu de excelência na Qualidade, com a designação de PEX – Prémio
Português de Excelência. Para a atribuição deste prémio, e dado que a Qualidade
abrange todos os aspectos de uma organização, é avaliado o desempenho das empresas
concorrentes em todas as áreas relevantes: liderança, gestão de pessoas,
utilização dos meios de produção, resultados económicos, satisfação dos
clientes, etc.. Este modelo é considerado como sendo completo e equilibrado,
pelo que muitas organizações concorrem ao PEX, ou utilizam o seu modelo de
avaliação, apenas para fazer um diagnóstico da sua situação.
Inter-relacionar
processos, controlando e gerindo dados, dentro da organização elaborando um
percurso como um sistema que contribua para identificar, compreender e gerir de
forma eficaz, orientações e soluções para todo o sistema aplicado e assim o SGQ
ser eficiente. A gestão de recursos e meios necessários ao estabelecimento
devem ser providenciados, para assegurar a sua disponibilidade em tempo útil,
em particular o pessoal deve estar sensibilizado, ter formação, competência e
qualificação adequada à sua função; devem ser determinadas e mantidas as
infra-estruturas e ambiente de trabalho necessários à obtenção da conformidade
do produto. A Qualidade pode ser definida de uma maneira mais abrangente, como
uma forma de estar, de conviver e de actuar, no sentido de haver uma procura
permanente de obtenção de melhores resultados a partir de um melhor desempenho
de cada elemento interveniente no processo.
Qualidade
pode traduzir-se por produzir produtos que satisfaçam as necessidades e
expectativas dos clientes, ao menor custo possível e com a participação activa
de todos os trabalhadores. Como qualquer empresa necessita de dispor de uma
clientela, a Qualidade está sempre orientada para o cliente, uma vez que é para
ele, e para a satisfação das suas necessidades que a empresa trabalha e existe.
No entanto verifica-se resistência cultural à Qualidade como prioridade, os
gestores operacionais e supervisores, em que a prioridade máxima é cumprir
cronogramas; encarregados, apenas envolvidos com produtividade, custos e prazos
a cumprir, tem medo de perda de status; mão-de-obra em que o serviço é
desinteressante, no qual há desconhecimento da Qualidade; colaboradores que não
valorizem a Qualidade e/ou havendo falhas na comunicação, etc.. As técnicas de
um programa de Qualidade total são claras e, teoricamente, são estimulantes,
prometendo melhorias a vários níveis. Contudo na prática, funcionam com o
comprometimento das pessoas, ou seja, da motivação que deve constar no
programa!
Sendo assim a Qualidade implica
todos numa organização, motivados para os objectivos comuns e unilaterais do
organismo em prol do melhor resultado: a satisfação total do Cliente!
Portanto a responsabilidade do dono, do gestor ou da
chefia de topo tem de ter plena consciência de que no geral os colaboradores são
essenciais para a empresa funcionar em pleno, porque ai sim, a Qualidade estará
em exercício para os melhores resultados, maior competência e destaque na
sociedade!
Autoria de Cristina Duarte
Técnica da Qualidade - Nível IV
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